Descrição: O Porta-aviões São Paulo foi comprado pela Marinha do Brasil por 60 milhões de francos (equivalente na época da assinatura da contrato, a US$ 12,2 milhões ou cerca de R$ 24 milhões).
O A12 São Paulo chegou no dia 17 de fevereiro à sua nova base, no Rio de Janeiro. O então Ministro da Defesa, Geraldo Magela Quintão, participou da solenidade de recepção ao São Paulo que contou, ainda, com a participação de um comitê de boas-vindas composto por várias unidades da Esquadra incluindo o Navio-Aeródromo Ligeiro (NAeL) A11 Minas Gerais. O navio, ex-Foch da Marine Nationale da França, substituirá com inúmeras vantagens o veterano NAeL Minas Gerais, sendo muito mais novo e de concepção mais moderna do que o A11. A principal vantagem do São Paulo é o fato de poder desenvolver, e manter velocidades de 30 nós ou maiores. Isso elimina a maior desvantagem do Minas Gerais, que é a sua reduzida margem de segurança para a recuperação dos jatos de caça A-4 Skyhawk, adquiridos pela Marinha da Força Aérea do Kuwait. Com capacidade para transportar cerca de 40 aviões e helicópteros o São Paulo iniciou sua vida operacional em 1963 na Marinha da França e participou recentemente de campanha militar em Kosovo (ex-Iugoslávia). O navio desloca 32,5 mil toneladas completamente carregado e tem 266 metros de comprimento por 51,2 metros de largura. O ex-Foch teve retirados todos os sistemas militares de uso exclusivo da Marinha da França, como míseis, lançadores e o equipamento de comunicação criptografada. Os radares foram mantidos, assim como o sistema de controle de dados táticos. Os lançadores de mísseis, e o sistema de controle e apresentação de dados táticos do Minas Gerais deverão ser transferidos para o São Paulo.
A incorporação do novo navio-aeródromo deu à Marinha do Brasil uma capacidade marítima sem igual no Hemisfério Sul, além de possibilitar, por um custo relativamente baixo (cerca de US$ 100 milhões, representado pela aquisição dos 23 Skyhawk e do Foch) a recuperação e desenvolvimento de sua aviação de asa fixa. O esquadrão VF-1 “Falcões”, que operam os Skyhawks na Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia (RJ), está plenamente capacitado, com a totalidade de efetivo(cerca de 26 oficiais-aviadores). O próximo passo deverá ser a aquisição de aeronaves de reabastecimento em vôo e de Alarme Aéreo Antecipado (AEW) embarcadas. A solução mais provável, para as duas funções, parece ser o Grumman Tracker, devidamente remotorizado, modernizado e equipado. |