Treinador acrobático monomotor de construção totalmente metálica, fuselagem semi-monocoque e asas cantilever projetado pela Aerotec de São José dos Campos, cujo proprietário era o Engenheiro Carlos Gonçalves. Foi projetado desde o início com dois assentos lado-a-lado e deveria ter duas versões diferentes:
· A-132 A com motor “Lycoming AEIO 360 A1B6” de 200 HP, para uso militar;
· A-132 B com motor “Lycoming O-235-L2C” de 115 HP, para uso civil.
No final dos anos setenta a FAB encomendou à fabrica o projeto e desenvolvimento de um novo treinador pra suceder o T-23 Uirapuru, construído pela mesma Aerotec, usado até então pela Academia da Força Aérea na instrução básica dos cadetes. Os três modelos de treinadores usados pela AFA (o T-23 Uirapuru, o T-25 Universal e o T-37) tinham assentos lado-a-lado e havia planos para substituição dos três. O Ministério da Aeronáutica encomendaria 100 unidades do Tangará e cederia parte deles ao DAC para repassá-los aos aeroclubes.
O protótipo realizou seu primeiro vôo em 27/02/1981 e iniciou seus ensaios em vôo com o objetivo de atender aos requisitos para ser homologado pela FAA e pelo CTA na categoria acrobática.
Porém, uma inesperada mudança de planos do Ministério da Aeronáutica determinou que as aeronaves de instrução da AFA deveriam ter assentos em tandem (o instrutor se senta atrás do aluno em uma posição mais alta) o que inviabilizou o desenvolvimento do projeto. Também não houve encomenda de uma versão civil para que o projeto pudesse ir adiante. Conseqüentemente, a Aerotec faliu. Como o projeto tinha sido encomendado pelo então Ministério da Aeronaútica, que detinha a propriedade do avião, o protótipo foi cedido ao Centro Técnico Aeroespacial.
O Instituto Tecnológico da Aeronáutica recebeu a célula do avião em 1990 e o utilizou como auxílio à instrução no seu curso de engenharia aeronáutica até 2004. Em 2005 o CTA cedeu a mesma ao Engenheiro Paulo Henrique Gonçalves, filho do engenheiro projetista do avião.
O herdeiro, então, tratou de colocá-lo em condições de vôo com a instalação de um motor Lycoming IO-CIC de 200 Hp, um novo painel com a instrumentação padrão e sistemas compatíveis com o vôo acrobático. Hoje ele está classificado como avião experimental e é pilotado pelo seu herdeiro legítimo em vôos acrobáticos. É um patrimônio histórico e tecnológico que retorna à família.