AERONAVES PRESIDENCIAIS

As aeronaves do GTE que prestam serviço exclusivo à Presidência da República precisam ter disponibilidade e entrosamento total para o perfeito cumprimento dos compromissos da agenda presidencial. Por isso, o GTE coloca à disposição da Presidência uma frota de aeronaves capaz de cumprir não só missões internacionais de longa distância, como também pequenos deslocamentos: "VH-55 Esquilo bi-turbina" é usado dentro de Brasília; o "VH-34 Super Puma" é usado para deslocar-se entre um aeroporto e uma localidade sem pista de pouso.

A frota de aviões, composta por 2 Boeing’s 737-200 (trinta anos de uso) e 1 Boeing 707 (quarenta anos de uso) tem causado alguns problemas relativos à segurança e ao consumo de combustível. Outro problema tem sido as multas que os países mais desenvolvidos aplicam às aeronaves mais velhas que emitem um nível de ruído acima do permitido.

Em 1992 começou-se a estudar a substituição do 707, mas na época não havia ainda no mercado um modelo adequado ao uso de um chefe de estado e sua comitiva.

Durante o Governo do Sr. Fernando Henrique Cardoso, o Boeing 707 (apelidado de “sucatão”) , teve uma de suas turbinas incendiadas em vôo quando transportava o Sr Vice-presidente Marco Maciel. Foi decidido, então, desativar a aeronave e alugar aviões civis, os “Airbus A-330” da empresa TAM, para as viagens presidenciais de longa distância.

Quando o atual presidente Luís Inácio Lula da Silva assumiu, o “Sucatão” já estava totalmente reformado e foi por ele utilizado para suas primeiras viagens internacionais. Porém, quando foi anunciada a escolha do “Airbus Corporate Jet” para substituí-lo, a imprensa e a oposição fizeram severas críticas alegando que a compra do mesmo seria um desperdício de dinheiro.

Veja o custo médio de cada tipo de avião por hora de vôo:

O consórcio europeu que vendeu a aeronave se comprometeu a investir no Brasil o mesmo valor que foi pago pela compra do ACJ. A promessa foi cumprida quando várias indústrias européias se instalaram em São José dos Campos e região para fornecer componentes e peças aeronáuticas para a Embraer. Além disso o novo avião prestará serviços à FAB por mais de trinta anos.

Fica provado então que a sua compra foi uma decisão acertada.


Quando a Embraer lançou no mercado a versão executiva de seu jato 190, o Lineage 1000, ela passou a oferecer um modelo que poderia ser usado para o transporte de chefes de estado e comitivas. O modelo despertou o interesse de várias nações e, obviamente o Governo Brasileiro também se interessou, pois ele seria ideal para substituir o Boeing 737-200, atualmente com 30 anos de uso. Neste ano de 2009 a FAB anunciou a compra de dois exemplares do modelo para serem entregues ainda neste ano.

Os Lineage 1000 vão complementar o Airbus ACJ comprado pelo Governo Federal em 2005, já que os dois modelos não são concorrentes. O Airbus Corporate Jet é maior, tem uma autonomia de vôo muito superior e pode ser usado para longas viagens aos outros continentes; enquanto o Embraer Lineage 1000 é ideal para deslocamentos dentro do país e na América do Sul.