Lockheed C-130 Hércules

No início da década de 50 a USAF precisava renovar a sua frota de aviões de transporte estratégico, que na época era composta pelos "Curtiss C-46 Commando" e "Douglas C-47 Skytrain". O "Comando Aéreo Tático" abriu então uma concorrência para adquirir uma aeronave com as seguintes características: capacidade de transportar 13500 kg, autonomia de 2500 km, quatro motores turbo-hélice, um grande porão de carga com rampa traseira, poder operar em pistas não-preparadas e em quaisquer condições meteorológicas.

A proposta da Lockheed foi a vencedora e seu primeiro protótipo voou em 23 de agosto de 1954, sendo então batizado como "Hércules", numa alusão à força do deus da mitologia grega.

O modelo, motorizado pelos turbo-hélices "Allison T54-A", foi um sucesso de vendas desde o início de sua produção e foi vendido a forças aéreas e empresas de mais de 60 países. Além do modelo alongado "C-130-30 Super Hércules" e a versão de passageiros, também foram desenvolvidas as seguintes versões: reabastecimento em vôo, comando e controle, guerra eletrônica, operações especiais, busca e salvamento, patrulha marítima, ataque ao solo, bombardeiro, bombeiro e outros.

O C-130 sofreu várias atualizações para atender à evolução da aviação e a partir da primeira versão de série "C-130 A", surgiram em seqüência: "C-130 B", "C-130E", "C-130 H". A versão mais moderna, atualmente em produção, é a "C-130 J", proposta por um oficial-general da USAF. Ela é propulsada por motores "Allison AE2100" mais possantes e hélices de seis pás; utiliza muitos materiais compostos em sua estrutura e; toda a sua aviônica foi modernizada para poder voar com dois pilotos.

A Força Aérea Brasileira opera o Hércules desde 1965 em missões de lançamento de pára-quedistas, reabastecimento em vôo, busca e salvamento e transporte aéreo. Recentemente comprou 10 aeronaves revisadas pela fábrica que tinham pertencido à Itália.