Dassault F-103 MIRAGE III

Durante a década de 60 o Ministério da Aeronáutica estudava a compra de novos caças para substituir os antigos "F-80C Shooting Star" e "F-8 Meteor". Os modelos ocidentais disponíveis no mercado eram os seguintes:

Mc Donnel Douglas Phantom II (EUA): Foi descartado por não ter autorização de Washington para sua venda à América Latina. Era poderoso demais para isso;
BAC Lightning (Inglaterra): Chegou a ser escolhido pelo então presidente Costa e Silva porque a balança comercial com a Inglaterra estava favorável. Porém, um derrame cerebral o tirou da Presidência antes da assinatura do contrato;
Northrop F-5 TigerII (EUA): Este modelo sozinho não poderia prover toda a capacidade operacional desejada pela FAB. Foi adquirido mais tarde;
Dassault F-103 Mirage III: Este modelo foi escolhido porque satisfazia os critérios técnicos e operacionais desejados. Ficou mundialmente famoso por suas vitórias com Israel na "Guerra dos Seis Dias" em 1967.
Após escolher o novo avião, foi decidido construir uma nova base aérea na cidade de Anápolis, próxima à Capital Federal, para abrigar a unidade aérea que iria operá-lo: a 1ª ALADA. Em 1973 ambos estavam totalmente operacionais.

Em trinta anos de operação real do Mirage no Brasil, podemos destacar as operações de treinamento conjunto com outras forças aéreas onde se simula combates aéreos. O número de vitórias obtidas nesses "combates" comprovava o altíssimo nível alcançado pelo esquadrão e seus pilotos; Destaca-se também as missõers de socorro a aeronaves com seus instrumentos de navegação em pane, sem os quais não conseguem se orientar: os Mirages interceptam e acompanham esses aviões para o pouso em local seguro antes que eles caiam por falta de combustível.

Na década de 90 a FAB adotou nos Mirage dois canards posicionados logo atrás das entradas de ar dos motores para melhorar a sua manobrabilidade em baixas velocidades e no pouso.

Em 2006 os Mirage III precisaram ser substituidos, pois já tinham atingido o limite de suas vidas úteis. Uma concorrência foi aberta para a compra de aviões novos. Em 2005, após alguns anos de discussões e análises técnicas, comerciais e políticas, foi decidido comprar um lote de Mirage 2000-C em regime de leasing da "Armée de l'Air" francesa.