De Havilland Canadá Buffalo


O sucesso de vendas do DHC-4 Caribou motivou a fábrica a desenvolver um novo modelo mais avançado. O Caribou tinha motor de 1450 shp e estabilizador horizontal à meia altura. O Buffalo foi projetado desde o começo com cauda em T e motores “GE CT64-820-1” com 3055 shp de potência cada um o que fez com que ele carregasse 10.000 kg a mais que seu antecessor. Realizou seu primeiro vôo em abril de 1964.
O modelo despertou o interesse do US Army, que até então operava aviões de grande porte, porém, quando a USAF assumiu a operação destes ela não confirmou o interesse pelo modelo e não o encomendou.
Sua pequena produção de 122 aeronaves foi vendida para: Canadá, Brasil, Tanzânia, Sudão, Camarões, Congo, Quênia, Togo e Equador. Outros países como México, Emirados Árabes, Mauritânia e Zâmbia o operaram por pouco tempo. O Brasil é seu maior operador, pois adquiriu 24 e hoje em dia opera 12 aeronaves.
A FAB precisava aumentar sua presença na Região Amazônica e os C-130, recebidos pouco tempo antes, não poderiam operar na grande maioria das localidades. Conseqüentemente, a escolha do Buffalo foi a mais acertada para aquele momento. Sua capacidade de decolar em 500 m e pousar em 300 m, somada à potência de seus motores (as altas temperaturas da Amazônia exigem aviões com motores mais potentes do que em outras regiões) possibilitam-no operar nas pistas rústicas e recém abertas da região, transportando homens e equipamentos que transformam estas mesmas pistas em aeródromos capazes de receber aviões maiores. Suas principais missões de apoio eram: aos pelotões especiais de fronteira do Exército Brasileiro, Destacamentos de Proteção ao Vôo, unidades de Marinha, postos de radar do SIVAM, Tribunais Regionais Eleitorais, além de outras instituições federais e ONG’s. Destaca-se também as missões de apoio médico à população civil, indígena além de militares e familiares.
Após mais de 30 anos de operação no Brasil ele será substituído pelos CASA C-295 M.