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No início da década de 80 a produção das últimas unidades do EMB-326 Xavante, de um total encomendado de 182, proporcionou à Embraer uma grande experiência na produção de aviões militares. Além disso, seus altos investimentos em capacitação tecnológica, programas de computador e o domínio da tecnologia de materiais compostos capacitaram a empresa a projetar aviões mais avançados.

Nessa mesma época o Ministério da Aeronáutica solicitou à empresa o desenvolvimento de um avião de ataque ao solo mais avançado que o Xavante (aeronave de treinamento adaptado para ataque ao solo). Desenvolveu-se então o projeto que foi denominado como AX, mas que teve várias propostas recusadas em função de baixo desempenho e alto custo. Em função disso decidiu-se procurar parceiros para a tarefa.

Enquanto isso, na Itália, a Aeronáutica Milittare Italiana precisava substituir os seus antigos "Fiat G-91Y" e "F-104 Starfighter". A Aermacchi (atualmente denominada Leonardo), projetista do Xavante, apresentou ao Governo Italiano a proposta de uma aeronave, o MB-340, com características muito semelhates ao projeto AX brasileiro.

O relacionamento estreito entre as duas empresas favoreceu à criação de um consórcio para o desenvolvimento de uma aeronave única para as duas forças armadas, envolvendo também a Aeritalia (hoje Alenia) na seguinte proporção: Aeritalia 46%, Aermacchi 24% e Embraer 30%. Também ficou decidido que a versão brasileira teria maior autonomia e a italiana teria aviônicos mais avançados e adequados ao padrão OTAN.

O avião foi denomindado AMX, mas por algum tempo foi divulgado com os nomes Centauro e AMEX (Com as iniciais de Aeritalia, Macchi e Embraer). Após ecolher o nome definitivo foi escolhido um modelo de uma família de motores com uma longa história de segurança e confiabilidade: o "Rolls-Royce Spey MK-807".

Desde sua entrada em operação, em 1988, a aeronave tem provado suas qualidades, sendo inclusive utilizado na Guerra da Iugoslávia. Porém ele sofreu alguns reveses como a redução das encomendas por parte do Brasil e Itália e o fracasso das tentativas de exportá-lo.

Na virada do século a Embraer lançou um modelo para treinamento avançado baseado no AMX biplace: o AMX-T. Esse modelo atraiu o interesse da Venezuela que chegou a encomendar 8 unidades, mas sua venda foi embargada pelo governo dos EUA.